terça-feira, novembro 16, 2010

arte digital

teste desenhos no computador.


basquiat

Quadro de Basquiat é rabiscado em Paris. (li em algum site de notícias por aí...)

Foram descobertos rabiscos, feitos provavelmente por um visitante, na obra "Cadillac Moon 1981", de Jean-Michel Basquiat, em exposição no Museu de Arte Moderna de Paris desde outubro. Em maio, foram furtadas do mesmo museu telas de Picasso, Matisse, Braque, Léger e Modigliani.

segunda-feira, novembro 08, 2010

testes

desenhando de brinquedo, de teste, no computador, repetindo formas.




segunda-feira, outubro 25, 2010

enrique chagoya



07/10/2010 - 14h57 - Folha.com

Mulher é presa após destruir obra de arte em museu dos EUA

Uma mulher foi presa após destruir uma obra de arte no Loveland Museum/Gallery, na cidade de Loveland no Estado do Colorado.

O jornal "The Denver Post" informou que Kathleen Folden está sob custódia da polícia por ter destruído a litografia "The Misadventures of Romantic Cannibals" (as desventuras dos românticos canibais), de Enrique Chagoya.

A obra lembra uma história em quadrinhos, com cenas de um personagem que pode ser interpretado como Jesus --em uma delas ele aparece recebendo sexo oral.

Por vários dias, o museu enfrentou protestos por exibir o trabalho, que também retrata outros personagens, imagens de pornografia mexicana e símbolos maias.

Segundo o jornal, um vereador da cidade se opôs à exibição da obra durante uma reunião, chamando-a de "obscenidade". Alguns católicos em Loveland também pediram para que o trabalho fosse retirado.

O artista, que também é professor de arte e história da arte na Universidade de Stanford, disse que a litografia era um comentário sobre as revelações de abusos contra crianças por padres.

sábado, outubro 16, 2010

hélio schwartsman

23/09/2010 - 07h00

Hélio Schwartsman

O sentido da arte

Há coisas que nunca imaginei que viveria para ver. Elas incluem assistir ao PT no comando da fisiologia nacional (sim, "mea culpa, mea maxima culpa", eu fui um dos trouxas que acreditaram que o partido era "diferente") e testemunhar o pedido da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para que os trabalhos do artista pernambucano Gil Vicente sejam excluídos da Bienal de São Paulo, que começa neste sábado.

É verdade que os desenhos da série "Inimigos" são fortes. Eles retratam o próprio artista atentando contra a vida de figuras públicas como Lula, Fernando Henrique Cardoso, Bento 16 e o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Mas, como já escrevi algumas vezes neste espaço, ninguém precisa de licença para dizer o que todos querem ouvir. Para fazer sentido, as garantias constitucionais à liberdade de expressão precisam ser robustas. Devem necessariamente abranger discursos, textos e imagens capazes de chocar e até de causar a revolta de parcelas da sociedade. Que boa parte dos cidadãos não entenda isso e proteste contra a exibição de obras específicas é esperado; que o presidente da OAB caia nessa mesma esparrela e advogue pela censura é sintomático da decadência dessa instituição, que já desempenhou papéis mais nobres na história deste país. Mas não pretendo, na coluna de hoje, falar mal da OAB. Isso eu já fiz num texto mais antigo. O que eu quero discutir é a arte.

Para que diabos ela serve? A questão é das mais polêmicas entre neurocientistas. A exemplo do que se dá com a religião, os especialistas podem ser divididos no bloco dos que acreditam que a arte é uma adaptação humana obtida por seleção natural e o dos que pensam que ela é apenas um efeito colateral resultante da forma como nossos cérebros estão montados. No último grupo encontram-se pesos-pesados do neodarwinismo, como o eterno Richard Dawkins, Stephen Jay Gould e Steven Pinker. No primeiro, estão o próprio Charles Darwin (para ele, o senso estético era uma faculdade intelectual fruto da seleção), a antropóloga Ellen Dissanayake, o psicólogo Geoffrey Miller, e a dupla dinâmica da psicologia evolutiva, John Tooby e Leda Cosmides, que mudaram de lado, abandonando a tese da arte como subproduto para abraçar a teoria da adaptação. Mas prossigamos com um pouco mais de calma, pois essa é uma questão extremamente controversa e que envolve conceitos complicados.

Dawkins, Gould e Pinker relutam em aceitar a arte como adaptação porque isso teria implicações profundas sobre a biologia. Em primeiro lugar, mesmo que recuemos o comportamento artístico para uns 50 mil ou 100 mil anos atrás (e poucos ousam ir mais longe), esse ainda é um período curto demais para que a evolução tenha deixado marcas em nossos genes.

Outra objeção forte é que admitir o caráter adaptativo da arte abre um flanco para a noção de seleção de grupo, vista com grande desconfiança pela linha dura do darwinismo. A ideia, defendida principalmente por Dissanayake, é que a arte teria sido selecionada porque, ao reforçar a coesão do grupo através de cantos e danças comunais, por exemplo, ela o tornaria mais apto a enfrentar bandos rivais e sobreviver. O problema com a seleção de grupo é que ela não é lá muito estável, porque sempre valeria a pena para indivíduos egoístas pegar uma carona na coesão grupal sem dar sua justa contribuição. Eles teriam maior sucesso reprodutivo, espalhando genes menos colaborativos. Seria assim muito difícil fixar num "pool" genético qualquer características que favorecem o grupo.

É por essas e outras que Pinker classifica a arte como "cheesecake mental", algo sem valor adaptativo em si, mas que explora, como as comidas gordurosas e doces, os mecanismos biológicos que nos dão prazer. Uma outra analogia válida é com as drogas recreativas. Seria até ridículo imaginar que elas representam uma adaptação, mas é inegável que afetam, e muito, nossos cérebros, proporcionando prazer em doses tão cavalares que podem mobilizar toda nossa atenção neuronal, como no caso do vício.

A exemplo do neurocientista Michael Gazzaniga, autor de "Human: The Science Behind What Makes Your Brain Unique", acho mais prudente não tomar partido nessa polêmica, mas apenas expor o que me parecem ser os melhores argumentos de cada lado. E, por falar em argumento, Geoffrey Miller, tem um interessante. Para ele, a arte é o resultado da seleção sexual. Ela está para o gênero humano como a cauda do pavão está para a família dos fasianídeos: uma exuberância biologicamente custosa que só existe porque atribui a seu detentor inequívoco sucesso entre as fêmeas, o que se traduz em importante vantagem reprodutiva.

Curiosamente, a teoria de Miller acaba explicando um pouco da demografia da arte: considerados os grandes números, a maioria dos artistas são homens no pico da atividade sexual. São ideias que, se levadas muito a sério, tiram algo da transcendência da arte e nos aproximam dos canários. Mas quem disse que pássaros, ao cantar, não experimentam a versão aviária da transcendência?

Outro ponto interessante é o da ficção. Foi ele que fez com que Tooby e Cosmides mudassem de posição. OK, todo mundo está cansado de saber que a arte é um universal humano. Não há aldeia indígena, por mais remota que seja, que não faça alguma coisa pragmaticamente inútil com penas e sementes e não se reúna para cantar e dançar. Mas isso não é tudo. A ficção, isto é, histórias inventadas também são universais e, exceto por fundamentalistas religiosos, ninguém as toma por realidade. Já desde a mais tenra idade aprendemos a diferenciá-las. Para os dois pesquisadores, esse mecanismo de decupagem é um sinal de adaptação. Confundir fatos com ficções é, evidentemente, perigoso, como o provam os homens-bombas que imaginam ir para um paraíso repleto de virgens (Alcorão 44:54 e 55:70) e "mancebos eternamente jovens" (Idem 56:17). Se desenvolvemos um sistema para operar a distinção e aparentemente estamos todos dotados com a capacidade de extrair prazer de narrativas inventadas, isso implica que a experiência ficcional é benéfica. Ponto para a adaptação.

Resta apenas explicar como ela pode ser benéfica. Já abordei com algum detalhe esse tema na coluna "A título de brincadeira", publicada em junho. O que vale a pena reter é que a ficção nos proporciona a possibilidade de "viver" determinadas situações. A experiência pode não ser tão intensa como na realidade e, embora isso atenue as sensações, também nos preserva dos perigos. Assistir no cinema a alguém sendo devorado por tubarões é mais seguro do que presenciar a cena "in loco". Sempre pode sobrar uma dentada. Essa simulação segura é, em geral, uma boa oportunidade de aprendizado, seja para lidar com as próprias emoções, seja para adestrar-se numa atividade relevante. No mundo animal, as brigas de brincadeira entre filhotes são uma forma de aprendizado para a luta --sem o risco de ferimentos.

É exatamente isso o que faz Gil Vicente ao "atentar" artisticamente contra Lula, FHC "et caterva". De um só golpe, ele exibe seus dotes para o desenho, nos faz experimentar emoções e quem sabe até refletir. É o verdadeiro sentido da arte. Só a OAB não percebe aqui a diferença entre ficção e realidade.

Hélio Schwartsman, 44 anos, é articulista da Folha. Bacharel em filosofia, publicou "Aquilae Titicans - O Segredo de Avicena - Uma Aventura no Afeganistão" em 2001. Escreve para a Folha.com.

segunda-feira, outubro 11, 2010

colagem desenho

colagem e desenho.
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colagem desenho

experimentação com colagem e desenho.
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mapa

um desenho da série de rabiscos e mapas.
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fragmentos de corpos

uma série que estou fazendo - de vez em quando - destacando fragmentos de corpos, cobrindo com nanquim o que não interessa.
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petróleo

parece um campo de exploração de petróleo.
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crepúsculo

final da tarde, chiesa de santa croce, firenze, itália.
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luz e sombra

luz e sombra pronunciadas, sequência de fotos feitas no bargello em firenze, itália.


domingo, outubro 10, 2010

urubus são retirados de obra da Bienal

a questão é duchampiana. se tudo é arte, nada mais é arte. os artistas fazem espetáculo, por isso urubus. deixa os animais em paz. o artista não sabe desenhar? o artista não sabe fotografar? o artista não sabe mais esculpir? tudo é apenas conceito? "computadores fazem arte, artistas fazem dinheiro" já disse o músico pernambucano. bienal e obras assim fazem parte apenas da efêmera sociedade do espetáculo.
segue a notícia na Folha de São Paulo:
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08/10/2010 - 08h17
Urubus são retirados de obra da Bienal

Folha de São Paulo

Por ordem da Justiça, os três urubus-de-cabeça-amarela que faziam parte da obra "Bandeira Branca", de Nuno Ramos, em exposição na Bienal, foram retirados nesta quinta-feira por volta da 0h.

As aves, motivo de polêmica e revolta de ambientalistas na abertura da Bienal, devem voar ainda nesta sexta-feira de volta ao Parque dos Falcões, em Sergipe, de onde vieram, acompanhadas do veterinário William dos Anjos.

Desde a última sexta-feira (1), quando o Ibama de São Paulo deu um prazo de cinco dias para que os animais fossem devolvidos a seu local de origem, pairava a dúvida se elas sairiam ou não.

A Fundação Bienal chegou a entrar, na segunda-feira (4), com uma ação na Justiça Federal solicitando a suspensão da notificação, mas o juiz federal substituto Eurico Zecchin Maiolino, da 13ª Vara Cível Federal, não acatou o pedido da entidade, com a justificativa de que "mesmo após a concessão de autorização, o Poder Público está autorizado a intervir e rever o ato administrativo diante da constatação de qualquer irregularidade".

tentativas na velocidade

tentando fotografar karts que passam em velocidade. difícil. ainda mais com uma maquinetazinha automatiquinha, sem recursos.
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sexta-feira, outubro 08, 2010

artur zmijewski


29ª BIENAL DE ARTES

SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

No avião Tupolev que despencou há seis meses no meio de uma floresta russa estava o presidente da Polônia e uma comitiva de representantes do país. Ninguém sobreviveu, e logo a notícia chegou à capital Varsóvia. Todo o Estado desabou de chofre. No encalço da tragédia, um luto carregado de dúvidas sobre o futuro varreu o país. Artur Zmijewski, artista polonês agora na Bienal de São Paulo, fotografou tudo. São velas acesas na calçada, multidões empunhando bandeiras, marchas militares e desfiles fúnebres retratados no mais seco preto e branco. "Depois da catástrofe, só restou documentar tudo, tentar entender o acidente", conta Zmijewski à Folha. "É uma tragédia humana, pessoas morreram, o presidente, sua mulher e figuras-chave do poder, mas era necessário ver isso com olhos políticos." Isso quer dizer que, por trás da pele plástica dessa dor, Zmijewski tentou mostrar um tumulto latente, uma sombra que vaza para o primeiro
plano. Tratou de revelar o rastro político daquilo que deixou acéfalo o país. "Sempre segui as atividades políticas do povo em países diferentes", diz o artista. "Não preciso de nenhuma desculpa para fazer isso."
Nesse ponto, abre uma brecha para se distanciar da chamada arte política. Não esconde que sua obra está permeada de embates com o poder, mas repudia arte que esteja a serviço de uma ideologia. "Oscar Niemeyer é o maior exemplo disso, é um escravo dos políticos, sua obra só serve aos anseios deles", critica. "Arte vira uma só uma ferramenta se um artista se deixar ser usado. "Zmijewski parece querer mais distância de seu objeto de estudo. Mas se é fato que a política e os abalos nas estruturas de poder sempre
lastrearam sua obra, essa é a primeira vez que adota uma atitude mais passiva, deixando toda a ação passar diante de sua lente sem interferir. Foi diferente quando decidiu expurgar a dor das memórias do Holocausto.
Zmijewski não fotografou campos de concentração desativados, não revisitou locais de tragédia ou montes de sapatos, óculos e roupas que sobraram na soleira dos fornos. Num vídeo, convenceu um judeu sobrevivente da chacina a tatuar de novo o número que o identificava no antigo campo de concentração. Noutro trabalho, encenou um estranho jogo de pega-pega com homens e mulheres nus correndo dentro de câmaras de gás desativadas.

VÍTIMA E ALGOZ

"É fácil demais ficar do lado das vítimas, mas é também uma obrigação moral pensar como os algozes para entender o que aconteceu", diz Zmijewski. "Quando refaço a tatuagem, estou me colocando no lugar do algoz." Talvez porque a vítima sofre e o torturador fica no comando da ação, o artista preferiu assumir o lado mais autoral, de quem causa a dor. "Esse trauma nos causa angústia e sofrimento, mas não basta ver um
lugar", diz Zmijewski. "Minha ideia era mudar a situação, jogar com isso de forma mais ativa, não ser polido com a memória." Pela falta de polidez, foi alvo de suas críticas mais duras até hoje. Disseram que aquilo não era arte, e ele concordou. "Essa é a melhor reação, quando as pessoas percebem que não estão diante
de uma obra, mas sim da realidade", resume. "É o momento em que a arte se torna parte da realidade, algo que vem das emoções mais profundas."

segunda-feira, outubro 04, 2010

drible

movimento distorção velocidade futebol bola fora de foco contraste arte foto digital.

um rabisco

todo dia eu desenho um pouquinho. e como já disse também, todo dia eu sou feliz. sou feliz quando acordo e vejo o céu na janela. e penso, como disse o físico marcelo gleiser, que a vida não é um acontecimento comum, ordinário, a vida é raríssima no universo infinito. e sou feliz quando pego a bicicleta para ir trabalhar e sei e sinto que não participo do estresse da sociedade do automóvel. e, é claro, que a sociedade do automóvel - que criamos e da qual aparentemente gozamos - é uma parte da sociedade do espetáculo. o "meu carro" é a forma como "eu sou no mundo" e a forma como os outros me vêem. e sou feliz quando saio do trabalho pois sei que minha bicicleta me espera no bicicletário e irei para casa olhando o céu azul da tarde e olhando a cidade sem estar dentro de uma lata. enfim, segue mais um rabisco da longa série, lenta, de rabiscos que venho fazendo.
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sábado, outubro 02, 2010

fabio cypriano - bienal volta a ser epicentro das artes plásticas

CRÍTICA 29ª BIENAL DE ARTES

Bienal volta a ser epicentro das artes plásticas
Apesar de contradições entre obras, mostra reúne trabalhos excelentes

FABIO CYPRIANO
DE SÃO PAULO

"Há sempre um copo de mar para um homem navegar." A 29ª Bienal de São Paulo revela-se uma mostra polifônica e aí reside sua força, e também sua fraqueza.
Em torno de arte e política -questão historicamente relevante, mas que sem um foco torna-se ampla demais- coexistem obras e propostas bastante diversas, com nexos difíceis de se compreender.
Numa exposição da dimensão do pavilhão da Bienal é compreensível que a curadoria, coordenada por Agnaldo Farias e Moacir dos Anjos, opte por criar distintos eixos, mas podem-se constatar algumas contradições entre as obras, o que provoca enfraquecimento do tema.
Ocorre, por exemplo, na discrepância entre o que se pode chamar de artistas "históricos" e contemporâneos. As ações radicais, em sua maioria dos anos 60 e 70, dos argentinos Alberto Greco e do Grupo de Artistas de Vanguarda, de Paulo Bruscky, Lygia Pape e Hélio Oiticica, entre outros, reduz a produção atual, com algumas exceções, a um esteticismo pueril.

FORA DE CONTEXTO
Afinal, como se pode entender nesse contexto obras de artistas como Marcelo Silveira, David Cury ou Fernando Lindote, entre outros? Essa abrangência, por demais generosa, não só enfraquece o tema como põe em xeque a produção contemporânea, o que não parece ser a intenção dos curadores.
Contudo, essa Bienal, quando consegue realizar diálogos autênticos entre passado e presente, atesta sua pertinência.
Foi assim com leitura livre do "Bailado do Deus Morto", de Flávio de Carvalho, um dos artistas-chave da mostra, com 50 atores do Teatro Oficina, no último domingo.
Quando Zé Celso, que dirigiu a ação, vestiu uma versão do traje "New Look de Verão", de Carvalho, e esbravejou impropérios como metralhadora giratória, enquanto seu grupo movia-se praticamente desnudo, ele injetou um espírito anárquico e politicamente incorreto na Bienal, comportada demais.
Mas, felizmente, ele não é exceção e, graças à polifonia da mostra, há trabalhos excelentes e, por conta dos terreiros, especialmente os da performance, da literatura e do cinema, há uma energia vibrante no pavilhão.
Assim, apesar de conceitualmente a Bienal ser muito frágil, sua complexidade e diversidade compensam a falta de organicidade e tornam, novamente, o pavilhão da Bienal o epicentro do pensamento artístico no país.

29ª BIENAL DE SÃO PAULO

QUANDO sáb. à qua., das 9h às 19h, qui. e sex., das 9h as 22h; até 12/12
ONDE pavilhão da Bienal (parque Ibirapuera, portão 3, tel. 0/xx/ 11/5576-7600)
QUANTO grátis
AVALIAÇÃO bom
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(obra de marcelo silveira na bienal - tudo certo - 2010 - foto do site da bienal)


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(obra de paulo bruscky na bienal - o que é arte? para que serve? - 1978 - foto do site da bienal)


sexta-feira, outubro 01, 2010

pedra mole - germana monte-mór

germana monte-mór apresenta uma exposição de pinturas, esculturas e fotografias em belo horizonte, na galeria de arte carminha macedo.
as fotografias em preto e branco compõem uma série que ela chamou de “pedra mole”.
para quem já esteve no lajedo do pai mateus, no interior da paraíba, é facílimo identificar que as fotos foram feitas lá.
então, me pergunto, o que faz das fotografias de germana “arte”, diferentemente das centenas, talvez milhares, de fotografias dos turistas que visitam continuamente o lajedo? eu mesmo, moléstia à parte, bati as mesmas fotos que germana, nos mesmos ângulos.
foi apenas chegar ao local e apontar a objetiva. o local em si é que é uma obra de arte da natureza.
então, germana, essas fotos são artísticas apenas pelo preto e branco?
não consigo identificar nas fotos de germana nada que as torne radicais, curiosas, instigantes. vejo nelas o já visto.
(abaixo, detalhe de uma das fotos de germana, da série “pedra mole”)
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quinta-feira, setembro 30, 2010

affonso romano - bienal

ARTIGO
Bienal: urubus e assassinato
Publicado em 30.09.2010


Affonso Romano de Sant’Anna
Especial para o Jornal do Commércio

Essa 29ª Bienal de São Paulo – com urubus e cenas de assassinato de políticos – traz algumas questões que interessam a todos. Os responsáveis por este evento (que atrai tantos turistas e dinheiro quanto a Fórmula 1), não deveriam se contentar apenas com as notícias escandalosas e policiais geradas pela exposição. Certamente que isto atrai público. Certamente que a ideologia que governa este tipo de evento se rejubila com isto. Mas sempre se corre o risco de manter a discussão na superfície, naquilo que tanto agrada à ideologia da pós-modernidade: o espetáculo pelo espetáculo. Paradoxalmente, a Bienal pretende ser uma exposição de “arte” embora muitos dos que expõem seus trabalhos lá, dizem que a arte já morreu.

Já na Bienal anterior, que num artigo denominei de “bienal do vazio” (e cujo nome pegou), perdeu-se a oportunidade de discutir o “vazio”, que os curadores reconheciam existir no cerne da produção artística contemporânea. Na ocasião, tudo acabou na delegacia de polícia, prenderam uns pixadores e não discutiram a fundo a questão do “vazio” ou da “arte”. (Quem quiser vá o Google que as notícias ainda estão lá).

Esta nova Bienal tem como tema “arte e política”. Mas há uma distorção aí. Estão discutindo “política” num sentido convencional, a política que os políticos fazem e assim deixam de discutir o que deveria interessar mais aos artistas, a “política” interna do sistema das artes. Este tem problemas terríveis, o que demonstra que o ambiente artístico não é uma reunião de querubins. Mas é mais fácil fazer um desenho matando Fernando Henrique, degolando Lula ou uma instalação com urubus, sem se questionar que outros urubus podem estar voejando sobre o monturo de lixo e porcaria que se acumulam em certas galerias e bienais.

Até agora não li nenhuma análise crítica tanto sobre os urubus na Bienal quanto dos aviões encalhados em árvores que Nuno Ramos expõe no MAM no Rio. Reportagens, sim, muitas. Mas análises, cadê? Claro que as reportagens correspondem mais à “sociedade do espetáculo”. Noticia-se o bizarro, pois isto vende jornais e revistas. Mas onde as análises críticas? Uns repetem as intenções do autor. Mas de intenções o inferno e as bienais estão cheios. Bem gostaria de ler uma boa análise dessas obras, por duas razões: caso fossem procedentes me abasteceria de informações e conceitos inovadores, caso contrário, talvez me animasse a desmontar essas pseudocríticas mostrando suas falácias retóricas e verbais.

O risco, como até agora se constatou, é ver a discussão dividida em duas partes: no caso dos “urubus” – as sociedades protetoras dos animais, com razão, protestando e, do outro lado, o artista se justificando, e no caso dos assassinatos simbólicos dos políticos, uns acenando com a censura e outros dizendo que o artista está acima do bem e do mal. Isto, convenhamos, é ficar na superfície do fenômeno.

INDO MAIS FUNDO

Dito isto, volto à questão mal analisada da “arte & política” como foi entrevista a partir dos desenhos do pernambucano Gil Vicente, nos quais ele aparece atirando em Fernando Henrique Cardoso, cortando a garganta de Lula e matando outros lideres mundiais como Nethanyahu, Armadinejad, Rainha Elizabeth e o papa atual.

Há aí vários mal-entendidos. Consideremos primeiro que esse episódio remete para algo conhecido no mundo antigo como “morte em efígie”. Não se podendo destruir o réu, destruía-se sua imagem, arrasando sua memória. Mas não é a primeira vez que dentro da modernidade ocorre um crime semelhante. Em 1965 três pintores mataram Marcel Duchamp. Gilles Aillaud, Antonio Recalcati e Eduardo Arroyo pintaram oito quadros realistas nos quais surpreendiam Duchamp subindo uma escada, esmurravam-no, torturavam-no e jogavam-no escada abaixo nu. Duchamp, que propunha a morte da arte, não gostou de se ver morto ali. E analisando esse quadro/episódio no livro O enigma vazio (Ed.Rocco) eu dizia que não é matando, mesmo em efígie, o ícone da arte de nosso tempo que o entenderemos. O desafio é ir a fundo na sua vida & obra (que foi o que tentei fazer). Além do mais, a violência dos três pintores insere-se no quadro violento dos anos 60/70 quando o pensamento totalitário à esquerda e à direita achava que pela força resolveriam problemas sociais e políticos.

Portanto, preservando-se o direito do artista se expressar, mas alertando para as consequências disto, não se pode deixar de ver na obra daquele artista pernambucano um paradoxal exercício da violência. A meu ver, deveríamos ter aprendido com a Revolução Francesa, com a russa, a chinesa e cubana, que cortar a cabeça dos lideres é inócuo. Por outro lado, ressurge aí a síndrome voluntarista, perversa e autoritária do “justiceiro” – figura que a sociologia estuda pertinentemente.

Isto posto é crucial trazer à discussão uma pergunta: É o artista um cidadão acima de qualquer suspeita? Esta é uma clara alusão ao filme de Elio Petri (Indagine su un cittadino al di sopra di ogni sospetto, l971). Naquela película, um policial comete um assassinato, e por pertencer aos altos escalões do sistema julga-se tão incólume que até participa das investigações.

Transpondo para o caso da Bienal e da arte atual, pergunta-se: estaria o artista acima de todas as leis sociais? Para começar a entender essa pergunta, lembre-se que a ditadura recente nos deixou uma marca deletéria: depois de tanta repressão, caímos na ânsia de repressão nenhuma. Mergulhamos no oposto. Por isto, o mote: “é proibido proibir”, que tem o seu charme juvenil, é um paradoxo, pois proibir a proibição é exercitar a proibição e a censura, só que do outro lado.

Por sua vez, a ideologia da pós-modernidade, alardeia que tudo é legítimo, que não há fronteiras, nem valores, que as coisas se esgotam em si mesmas sem qualquer outro compromisso que não seja hedonista e narcísico. Portanto, um vetor nacional e outro internacional se complementam em forjar uma ideologia de época, que deve ser analisada cautelosamente.

Isto nos leva a um outro aspecto já que esta 29ª Bienal tem como tema ARTE e POLÍTICA. Ora, falar da política convencional é fácil. Acusar políticos, verberar contra os militares, é uma banalidade. Eles são os “outros”. No entanto, há um enfrentamento político, igualmente urgente, dentro das artes. É necessário questionar o perverso sistema em que as artes se baseiam. Isto consiste em rever o poder dos curadores, o sistema das galerias, as premiações, a critica universitária e jornalística, a publicidade, a bolsa de valores que controla as obras, enfim, o “deus ex machina” que hoje, mais do que nunca, aciona as artes – o mercado. Com efeito, a esquizofrenia do sistema artístico e de nossa sociedade, está nesse poema do antipsiquiatra R.D. Laing:

Ele estão jogando o jogo deles

eles estão jogando de não jogar o jogo

se eu lhes mostrar que os vejo tal qual eles estão

quebrarei as regras desse jogo

e receberei a sua punição.

O que devo pois é jogar o jogo deles

o jogo de não ver o jogo que eles jogam.

Uma discussão radical sobre ARTE e POLÍTICA passa pelo exame interno do sistema das artes hoje e tem que enfrentar certos paradoxos, dilemas e sofismas. É uma operação tão arriscada e séria que pode levar a um suicídio histórico, a um colapso do sistema. Ou, então, o que seria admirável: ao renascimento da própria arte de uma forma para nós ainda inimaginável dentro das aporias atuais.

» Afonso Romano de Sant’Anna é escritor e crítico de arte

quarta-feira, setembro 29, 2010

Ataques de pichadores reacendem debate na Bienal de SP


(imagem googlelizada do edifício da bienal e da marquise de niemeyer, parque do ibirapuera, sp)
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Folha de São Paulo
29/09/2010 - 07h31
Ataques de pichadores reacendem debate na Bienal de SP

SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

Na rua, uma regra não escrita entre pichadores é que um não pode passar por cima do trabalho do outro, "atropelar", no jargão do asfalto.

Mas o comportamento mudou dentro do pavilhão da Bienal, onde um dos integrantes do grupo Pixação SP, que integra a mostra, pichou no último sábado a instalação do artista Nuno Ramos.

"Todo 'pixo' é feito de forma ilegal, todo mundo se arrisca e por isso tem respeito", disse Djan Ivson, autor da ação. "Mas a gente não tem nada a ver com esses artistas, não tem relevância nenhuma o trabalho deles. Para nós, é indiferente rabiscar a obra."

Desde a abertura da exposição, ataques às peças de Ramos e da dupla Kboco e Roberto Loeb têm reacendido o debate em torno da pichação, levantando dúvidas sobre a tentativa de inclusão do estilo pelos curadores dessa 29ª edição da mostra.

Depois dos ataques à Bienal há dois anos, que resultaram na prisão de Caroline Pivetta, os curadores Moacir dos Anjos e Agnaldo Farias decidiram fazer um convite a representantes do gênero.

"São códigos diferentes, na rua eles estão entre eles e o respeito é mútuo ali", diz Dos Anjos. "Mas é essa diferença de regras que a gente está testando nessa Bienal, a gente assume o conflito."

Loeb, que teve seu trabalho pichado, vê no episódio um reflexo da desigualdade.

"Manifestações extremas desse tipo carregam a cor social do que está ocorrendo, a gente não está num país certinho", afirma. "Quem se alça a outros espaços é visto como um cara que diverge da comunidade, que saiu da turma, é uma briga de classes."

Sua análise parece valer tanto para pichadores quanto para seu parceiro na Bienal, o artista Kboco, que também começou na arte de rua. "Não faço arte para ganhar dinheiro", diz Kboco. "Já comprei briga com a elite."

Num gesto comedido, Nuno Ramos decidiu não prestar queixas contra Ivson, reforçando o que chama de "espaço para o diálogo" que deveria ser a Bienal. Ele também discorda da visão de luta de classes e de fricção entre os códigos de conduta.

"Não é possível fazer uma generalização, nem acho que isso tem a ver com a origem dele", afirma Ramos. "A classe alta também pode atacar."

Cildo Meireles, outro artista da Bienal, defendeu a atitude dos curadores, mas criticou os ataques. "Não compreenderam o espírito da coisa", diz o artista. "Isso é uma raiva mal resolvida, um ato de desespero que não podemos confundir com arte."

Há oito anos, uma obra de Lenora de Barros no Maria Antonia também foi pichada. Autores da ação mostraram até um projeto da intervenção à artista. Mas no caso da Bienal, ela diz não ver "nenhuma intenção artística".

"Eles vivem da transgressão", diz. "Mas ao mesmo tempo a situação acaba gerando figuras isoladas, que não respondem pelo grupo."

"Não acho que foi vacilo a Bienal ter chamado pichadores", opina a artista Adriana Varejão. "Mas a Bienal está virando uma plataforma de heróis da pichação, algo meio marqueiteiro. Estão querendo virar celebridade."

quarta-feira, setembro 22, 2010

exploradores urbanos (uol)

essa notícia encontrei no uol. a matéria tá meio fraquinha, poderia trazer mais informação porém como gosto dessa coisa de explorar a cidade e seus fragmentos, seus desvãos, seus abandonos, reproduzo aqui.
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(Sala de aulas repleta de máscaras anti-gás em Chernobyl é uma das fotografias feitas pelo "explorador urbano" Timm Suess.)
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"Exploradores urbanos" capturam beleza de locais abandonados.

A exploração urbana, ou urbex, é o hobby de visitar locais abandonados, como fábricas, túneis, catacumbas, linhas de trem e metrô, teatros, cinemas ou cidades.
Alguns desses exploradores resolveram unir a adrenalina de se aventurar por esses lugares à arte da fotografia. O resultados são imagens impressionantes, que mostram que também há beleza na desordem e na decadência.
Para chegar aos lugares mais interessantes, os exploradores, muitas vezes, tem que desrespeitar algumas regras, a não ser uma: "não tirar nada que não sejam fotografias e não deixar nada além de pegadas".
A prática da exploração urbana pode ser considerada arriscada.
"Urbex também significa entrar sem autorização em propriedades alheias e há riscos inerentes, como a presença de seguranças, cachorros, sensores de movimentos, prisões...", diz o fotógrafo Scott Haefner.
"Outros riscos estão relacionadas à estrutura dos edifícios, à exposição a produtos químicos ou outras substâncias."

Chernobyl
Quando se fala de exploração urbana, uma referência quase inevitável para alguns é a cidade de Chernobyl, na Ucrânia, abandonada depois de um acidente nuclear em 1986.
Trata-se de uma cidade inteira em ruínas à disposição dos aventureiros. Um cenário congelado no tempo à disposição dos fotógrafos.
"É o lugar mais emocionante. Caminhar pelas mesmas ruas e ver tudo como era quando ocorreu o incidente. É difícil imaginar a emoção que se pode sentir", disse Dave Baker, fundador do site Talk Urbex, à BBC.
O engenheiro suíço Timm Suess estive lá e registrou belas imagens de escolas e parques de diversões.
"Preparei a viagem a Chernobyl durante anos. É o lugar aonde todos querem ir quando se fala em exploração urbana."

terça-feira, setembro 21, 2010

bienal de sp

começa no próximo sábado 25 de setembro a bienal de são paulo.
essa foto de Danilo Verpa da Folhapress demonstra um olhar de
arte. a foto é quase toda apenas desenho, ou estrutura, os andaimes,
os operários e a pintura em andamento do logo da bienal.
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gil vicente na bienal sp 2010 (2)

Duas notícias sobre a série Inimigos de Gil Vicente e os comentários dos leitores.
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Obra que estará na Bienal causa polêmica por "matar" FHC e Lula

FOLHA DE SÃO PAULO

A "Série Inimigos", de Gil Vicente, está causando polêmica antes mesmo de ser exposta na Bienal de São Paulo, que será inaugurada na próxima terça-feira. Nela, o artista retrata a si mesmo matando personagens famosos como Fernando Henrique Cardoso e Lula.

Nesta sexta-feira, a OAB-SP (Ordem dos Advogados de São Paulo) divulgou uma nota em que se coloca contra a exposição da série, "por fazer apologia ao crime".

Obras do artista Gil Vicente, em que ele faz auto-retratos matando varios figurões da política, como Lula e FHC

Leia abaixo a nota na íntegra.

"Uma obra de arte, embora livremente e sem limites expresse a criatividade do seu autor, deve ter determinados limites para sua exposição pública. Um deles é não fazer apologia ao crime como estabelece a vedação inscrita no Código Penal Brasileiro.

A série de quadros denominada "Inimigos", do artista plástico Gil Vicente, é composta por obras as quais retratam, dentre outras, o autor atirando contra a cabeça do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, noutra mostra o mesmo autor, de posse de uma faca, degolando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Essas obras, mais do que revelar o desprezo do autor pelas figuras humanas que retrata como suas vítimas, demonstra um desrespeito pelas instituições que tais pessoas representam, como também o desprezo pelo poder instituído, incitando ao crime e à violência.

Certamente não se pode impedir que uma obra seja criada, mas se deve impedir que seja exposta à sociedade em espaço público se tal obra afronta a paz social, o estado de direito e a democracia, principalmente quando pela obra, em tese, se faz apologia de crime.

Por esse motivo é que a OAB/SP está oficiando os curadores da Bienal de São Paulo, para que essas obras de Gil Vicente, da série "Inimigos" não sejam expostas naquela importante mostra."

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Artista que "matou" Lula e FHC em obras na Bienal diz que sua "lista é muito maior"

JULIANA VAZ

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O artista pernambucano Gil Vicente, 52, que está no centro de uma polêmica com a obra "Inimigos", em que ele aparece cortando a garganta do presidente Lula e atirando contra personalidades como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, diz que tem "uma lista muito maior" de personagens para a série.

"Eu não queria desenhar ninguém matando, eu queria desenhar a mim mesmo matando", afirmou. "Não pouparia ninguém desses assassinatos, de jeito nenhum. Pelo contrário, eu tenho uma lista muito maior, representando vários tipos de poder, em vários lugares do mundo."

A série "Inimigos" será exposta na 29ª Bienal de São Paulo, que abre ao público no próximo dia 25. A polêmica em torno dela foi desencadeada pelo pedido feito nesta semana pela OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil) para que os trabalhos sejam removidos, por fazerem "apologia à violência e ao crime".

Além de cortar a garganta de Lula e atirar contra FHC, Gil Vicente também alveja em seus desenhos o Papa Bento 16, a rainha Elizabeth e o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad e o ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush.

O atual governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e o ex-premiê de Israel Ariel Sharon são outras de suas vítimas.

A Fundação Bienal classificou como tentativa de censura a manifestação da OAB-SP e reafirmou a exibição da obra.

Gil Vicente diz ter achado "curioso" que a reação contrária à sua obra tenha acontecido apenas em São Paulo. "Expus em 2005 em Recife, e depois em Natal, em Campina Grande, em Porto Alegre, e em canto nenhum houve esse tipo de reação", afirmou.

Quanto à acusação de que sua obra incite à violência, ele diz: "apologia ao crime é o que o nosso governo faz o tempo todo, é o que os políticos fazem, como roubar dinheiro público".

Curador da 29ª Bienal, Agnaldo Farias assinalou que a Bienal não excluirá a obra. Os desenhos vão continuar expostos e com localização estratégica, aos olhos do visitante que sobe a rampa para o segundo andar do pavilhão de Oscar Niemeyer.

O artista diz que sua intenção com a obra foi "descarregar o inconsciente".

Além de "Inimigos", Gil Vicente expõe na Bienal uma série de desenhos pornográficos feitas em páginas de livros.

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COMENTÁRIOS dos leitores

Adorei! Pelo menos alguém se lembrou de criar algo que o povo terá muito prazer em ver...Deveriam criar postais com essas obras...ia vender "horrores"...

Não considero apologia ao crime pois o artista não incentiva ninguém a ter atitudes de agressão corporal contra Lula e FHC, mas é de extremo mau-gosto pois retrata a violência e a violência não é uma coisa agradável. Se no lugar do FHC e do Lula estivesse o joãozinho do boteco, eu sentiria o mesmo sentimento de repulsa. O artista, no meu ponto de vista, não transgrediu a lei. Apenas o bom senso.

Corretíssima a atitude da OAB.

Muita gente vai dizer que no meio de tanta incitação à violência na mídia, uma coisa a mais ou a menos não vai fazer diferença. Discordo veementemente desse tipo de opinião. Queria ver se essas mesmas pessoas defenderiam tal exposição se a figura no quadro em questão fosse a delas...

HIPOCRISIA!! A OAB acusa a obra de fazer apologia ao crime... PROIBAM PASSIONE de passar na televisão. Proibam TELA QUENTE. Proíbam o desenho do Batman. O Brasil fica cada dia mais chato com a interferência de advogados nas dinâmicas culturais da sociedade.

Eu acho que ele poderia colocar o Beira -mar, Paulo Maluf e o lalau mas como falta coragem ele prefere colocar pessoas que a principio são homens de bem.

É absolutamente constrangedora a forma literal, rasa e parva que a OAB utiliza para interpr etar obras de arte. Até uma criança sabe que obras artisticas nao devem ser interpr etadas literalmente. Será que estes senhores não perceberam que a intenção do artista é justamente o contrário a fazer "apologia a violencia"? Que ele está, na verdade, criticando, de forma estilizada, aqueles que radicalizam as posições politicas, que odeiam figuras publicas, etc? Que vergonha desta OAB....

Não gostar da obra é uma coisa. Agora dizer esse discurso pro-censura é uma coisa de gente sem a menor cultura. Onde já se viu! É engraçado essa revolta de alguns dizendo: " Isso é uma obra de mal gosto " , " Apologia ao crime ". Tenho nojo desses babacas proletariados sem um pingo de informação, com uma retorica imbecil de " eu sou politicamente correto ", que as 8 da noite sentam pra ver a maior faculdade de alienação na nossa querida tv global.

É absolutamente inacreditável a posição da OAB. Sua interpretação é de uma parvoíce e inocência constrangedoras. Qualquer criança de 5 anos sabe que uma obra de arte não deve ser interpretada literalmente. É claro que o artista, no caso, não está incentivando a violência - é justamente o contrário, está fazendo uma crítica de como as pessoas se exaltam com política, de como personificam o mal em figuras públicas. Quem escreveu essa nota não entende o significado de "apologia"...que vergonha...

Há quem goste deste tipo de arte ! Como é de certa forma, um "autoretrato", diria que o artista está expressando a sua vontade de estar acima do poder dos homens mais poderosos.

Lamentável Sr. Vicente.

Isto não é arte. É apologia ao crime.

Que arte? que artista? o pessoal que, mesmo que criticando chama a isto de arte e de artista, deve ir a conhecer a autêntica tradição artística revolucionária moderna e não esse lixo que se denominou de pós-moderno e que nunca passou dos padrões ilustrativos da arte clássica do pior gosto, justamente para neutralizar os verdadeiros artistas e pensadores da Tradição Moderna, marginalizados. Este psicopata expressou os tenebrosos anseios nazifascita da direita nacional e sua nostalgia.

Sem dúvida, as imagens são chocantes, como são chocantes fotos de guerras. Mas nem por isso elas não são mostradas. O que não choca mais, mas que deveria realmente chocar as pessoas, são as denúncias diárias sobre a corrupção desmedida deste país. A corrupção sim, é imoral, crime hediondo, uma afronta a democracia e aos direitos humanos. A corrupção é genocida e é isso que deveria preocupar a OAB, não um puchado de quadros que serão vistos por um puchado de pessoas.

Pq o artista nao desenhou a figura da senhora sua mae ?! Sugestao para a proxima Bienal ! Com certaza teria o mesmo destaque !

Trabalho brilhante. O artista não está fazendo apologia a nada. Está apenas construindo uma ficção. Ele não diz no trabalho que "isto é bom" ou "façam isso". Uma pintura de um cachimbo não é um cachimbo. Ninguem vai tentar matar um presidente ou achar que isto é uma coisa boa apenas porque a cena foi pintada. E se o desenho apresentasse algum desconhecido como vitima? Aí não teria problema? Como tem gente inocente por aqui...

A pretensa "obra de arte" na qual o autor fez auto retrato em que aparece matando

o Presidente e um Ex-presidente da República constitui flagrante apologia ao crime, revelando um caráter intolerante, obscurantista e fanático de seu criador. Para o bem da sociedade e da democracia deve ser proibida sua exposição.

QQ procedimento que convide ao assassinato de terceiros (sejam eles homens públicos ou nao) deve ser combatido na sociedade, quiçá diante do momento eleitoral: ainda q. eu discorde, no plano das idéias de FCH, acho de um mau gosto terrível expressar através de uma dita obra de arte o seu assassinato, o mesmo se aplica ao Lula e a qq líder político! Qdo resolvemos atacar a pessoa, feri-la matá-la em vez de fazer oposiçao as suas idéias, caminha-se para a barbárie. Esta, sim, fere a liberdade!

Que apelou, apelou. Mas o cara desenha bem, né não? E é tiozinho...deve ter um monte de adolescente pagando pau pra ele.

Enfim, objetivo alcançado.

De acordo com o pai da psicanalise, este artista so esqueceu-se de matar seu maior inimigo...; a sua mae....ou ele ja a matou de verdade???

Prendam esse palhaço que diz: "obra de arte..."

É uma falta de respeito com o ex-Presidente o o Presidente atual. Eu, posso at[é não gostar de ambos, todavia tenho que respeitá-los porque representaram a vontade popular e representa essa vontade, hoje.

A polícia de São Paulo deve prender o autor dessas montagens, recolher essa porcaria (que atinge a ordem pública) e processá-lo sob os mantos das leis em vigor. Quem discordar que seja processado também e preso.

A caixa de comentário tá cheia de Monteiro Lobato contra Anita.Pelo teor da cena, então vamos todos queimar Caravaggio?Pela crítica política, então morte aos chargistas?A arte já tá é cansada de enfeita as paredes da cafonissíma classe média alta ou da elite de gosto duvidoso que acha que entende o conceito de tudo, ou de artistas que inovam com questões sem sentindo no cotidiano. Aplaudo qualquer projeto experimental sério.E política na arte faz ela ter mais cor.

Desculpem, mas é de um mal gosto e apelação, pensem.Se não tivesse o Lula e FHC esse "artista" (me parece grafite) teria este espaço?

o fhc esta com cara de desiludido e o lula com cara de que tomou tres litros de ca.na.não vai nem sentir a lamina.

Não sei porque tantas pessoas se espantam ao ver essa obra artística. É apenas uma manifestação aberta do que o artista sente em relação à situação política brasileira; muitos tem essa mesma sensação e vontade, sem dúvida, mas preferem não assumir o que sentem. Ele pelo menos está sendo homem suficiente pra assumir em público tamanha insatisfação.

FHC deixou o governo com mais de 875 bilhões de dívida interna para pagar para os bancos nacionais e internacionais. Aí veio o Lula e dobro esta divida, podendo chegar a 1 trilhão e 700 bilhões até o final de 2010. Esta dívida é praticamente impagável. Dá ou não dá inspiração ao ver estas gravuras ?

O desenho é chocante, repugnante e reprovo, todavia deve ter muita gente que já pensou nisso ! Há um provérbio que diz: " Se crimes de pensamento fossem levados aos tribunais, toda humanidade estaria condenada. " Ninguem precisa eliminar ninguem, todos podem ter a certeza que mais dias, menos dias chegará o dia, pois o tempo está encarregado de desgastar a matéria. Dito isto, lembro outro provérbio: "Vam-se os dedos, ficam-se os anéis."

A sociedade brasileira atônica ao estado atual da profunda deteriorização das instituições democraticas e o assustador desrespeito a constituição nacional. aguarda impacientemente uma posisão em defesa a democracia debilitada e não um mero comentário apológico á censura e inoportuno, por parte de uma instituição como a OAB.

Totalmente RIDÍCULO os comentários postados aqui a favor dessa "obra". Quer dizer que agora apologia a assassinato também é arte? Se for assim o que os terroristas fazem colocando fotos na internet matando seus reféns é uma expressão artística? Defender esse tipo de "arte" é defender a banalização do ato de ma.tar. Não se trata do fato dos desenhos retratarem políticos, poderia ser qualquer outra pessoa, porém a dita "expressão" não pode estar acima dos valores morais. Tudo tem limite.

Achei um absurdo, tudo tem limites, retratar dois assassinatos(de pessoas públicas) que dão " a cara pra bater " a sangue frio é fácil. Quero ver retratar o assassinato de figuras como o Marcola ou o Beira Mar, creio que o autor se borraria de medo. Daqui a pouco retratarão estas mesmas figuras na infância sendo executadas, (com o raciocinio de que deveria morrer no ninho) e reclamarão liberdade de pensamento. Um verdadeiro absurdo, parece até os vídeos de execução do Taleban.

A OAB acabou de dar um tiro no seu pé e esta afirmação não é apologia a crime, apesar de se tratar de uma expressão livre de seu autor (eu) e ter uma arma de fogo como agente passivo da ação.

A própria ação da OAB acaba por demonstrar uma interp retação dada, particular e pontual, de uma obra do autor. Sua nota evoca sentidos da obra que não são explícitos e sim subjetivos. A obra não contém frases defendendo a m orte de presidentes ou quaisquer pessoas o que configuraria uma apologia.

o artista pode fazer o seguinte então: no lugar da cabeça dele, ficaria um "recorte vazio" para as pessoas colocarem a propria cabeça e tirar foto, afinal de contas quem não gostaria de ma.tar lula e fhc??? politicamente falando????? uahuhae o cara desenha pra "baralho'

Mas quanta hipocrisia... Esta exposição já esteva aqui em Porto Alegre e posso garantir que não aumentou o número de homicídios ou de ataque a pessoas públicas, ehehhehehe.

A OAB-SP deveria ocupar-se de suas atribuições como fiscalizar a ação de seus membros ao invés de ficar disseminando a censura e criando polêmicas desnecessárias. O lado bom é que acabou fazendo propaganda deste artista, que é fantástico!

Isto por acaso pode ser chamado de ARTE ?

Que proibir é errado é verdade, mas que este cara é um mané artístico não tenho dúvidas.

E também será proibido todos os filmes de Ação onde mostram pessoas sendo assassinadas, e cenas de novelas onde tenha qualquer imagem violenta. Certo OAB?

Alguns artistas expressam seu estado d'alma em suas obras. A qualidade dos traços da obra me parece boa, porém o tema, pessoalmente acho de gosto duvidoso. A censura não cabe aqui.

Chamam essa mer.da de arte?

Realmente, a humanidade tá se tornando uma coisa impressionante...primeiro chamam os "coloridos" de música e agora desenhos de assassinato a sangue frio de arte??

Ah, vão pra pqp esses artistas de mer.da!!! Façam algo útil, por favor!!

Liberdade de expressão à parte, como peça é um lixo.

Hoje em dia, qualquer coisa é tratada como arte.

Creio que um dos papéis da arte é justamente esse. Levantar debates e questionamentos da cultura em que estamos inseridos e do tempo que vivemos. O texto da OAB/SP cheio de palavras bonitas é falacioso e mostra que no mínimo quem o escreveu não entende o que é arte ou não se preocupa com isso. E ele sim sucita ódio e adoração e o fruto que poderia vir de um desses sentimentos.

Está correta a posição da OAB! Essa "obra de arte" é de profundo mau gosto, por expressar dois assassinatos que estariam sendo executados a sangue frio.

Tudo tem limite, até mesmo a expressão artística.

Vivemos numa sociedade sem parâmetros, sem limites, onde "tudo pode"... Temos que dar um basta nisso!

Maravilhoso o trabalho desse artista! São obras desse tipo que o Brasil precisa, em qualquer área artística. E precisamos lembrar à OAB que não estamos na ditadura militar e vivemos em uma democracia. Desculpas como "apologia à violência", não cola. Se for assim, terão que acabar com as novelas, com os telejornais, e outros programas que estão sempre incorporando esses temas em suas pautas e roteiros. Vamos deixar de hipocrisia e ir até essa exposição para refletir obras como essas. Parabéns Gil

Esse cara é uma síntese dos "artistas" que querem ser celebridade. Procurar destaque por meio de polêmica não significa ser artista, significa ser por,ra lou,ca. São incongruentes as criticas que a imprensa faz a ele, afinal ele é apenas mais um fruto da mídia atual onde "nada é nada e tudo é tudo". Esse é o significado de sua obra. Por que ele não coloca o Obama? (pq o obama é um ídolo da mídia).

Se isso é chamado de obra de arte, então acredito que estejamos muito mal no quesito artístico. Como é que pode uma ilustração desdenhosa, de um ALIENADO POLÍTICO, ser considerada arte? Penso que o cidadão Gil está muito mais para Hitler, para Stalin, ou para qualquer outro ditador que acha que a solução é sair matando quem pensa diferente do que para um verdadeiro artista. Tenho é dó do mesmo....

Parabéns!Você extrapolou a capacidade de criação de um artista. Não sei porque determinadas instituições como a OAB deturpam tudo? Esse rapaz foi genial! Pessoas que tem poder precisam sentir que um artista também tem poder com sua arte. Que apologia a violência que nada!!! Siga em frete! Maravilhoso!!!

O artista deveria agradecer a OAB que promoveu suas obras,agora todos querem ve-las .

sábado, setembro 18, 2010

gil vicente na bienal sp 2010
















(fotografia de Marcelo Justo - Folhapress)
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a série Inimigos, de Gil Vicente, que já foi exposta aqui em Recife,
terra natal do artista, está sendo alvo de polêmicas, agora,
quando está prestes a ser exibida na bienal de São Paulo deste
ano.
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A OAB pede aos curadores que não exibam a série pois ela
funciona como apologia ao crime.
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é curioso observar, primeiro, como São Paulo é,
ou se acha, o umbigo do mundo (o mundo brasil),
e como Recife é o cu do mundo este nosso sítio.
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aqui, a série foi exposta com tranqulidade aparente,
sem intervenções de OABs ou de advogados em
estado de ojeriza.
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em São Paulo dá-se o auê, ou talvez apenas kaô,
para ficar no campo das gírias insignificantes.
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de minha parte, admiro todos os trabalhos de Gil
e penso que a série deve ser exposta e vai ser.
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entretanto, quem procurar ler a notícia no site da Folha
on line, verá como essa questão produziu uma quase centena
de comentários, alguns muito bons e pertinentes,
defendendo ambas as posições e discutindo muitas vezes
o eterno ser-ou-não-ser-arte.
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atualmente, a notícia está nesse endereço aqui.

sexta-feira, junho 18, 2010

saramago

ponto final.

saramago

Morre o escritor português José Saramago
Morreu nesta sexta-feira, aos 87 anos, o escritor José Saramago.
A morte de Saramago foi confirmada à imprensa portuguesa pelo seu editor, Zeferino Coelho. "Aconteceu há pouco", disse em entrevista à emissora de televisão RTP. "Estava doente há algum tempo, às vezer melhor outras vezes pior."
Fontes da família confirmaram a agências internacionais que Saramago estava em sua casa em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, onde morava há vários anos.
A morte ocorreu por volta das 13h no horário local (8h de Brasília), quando o escritor estava em casa, acompanhado da mulher e tradutora, Pilar del Río, informa a agência "Efe".
José Saramago havia passado uma noite tranquila. Após o desjejum de costume e de ter conversado com a mulher, começou a sentir-se mal e pouco depois morreu.

quinta-feira, junho 17, 2010

ouvindo

ouvindo muito, frequentemente, o cd de céu, vagarosa.
na bubuia.
vagarosamente.

desenho recente

por que se faz um blog?
- para se expor?
- para dar uma opinião que não foi pedida?
- para escapar da solidão?
- para comunicar?
- para criar?
quem sabe?

joão câmara - artista plástico brasileiro - escreveu
certa vez que artista é aquele que declara
no imposto de renda que é artista.
penso que é uma boa definição, o artista como
a pessoa que vive efetivamente de arte, ou seja
a carne que come e a roupa que veste derivam
da grana que ganha com sua profissão de artista.

gente como eu, que faz qualquer desenhozinho
nas horas vagas, que não depende de vender
um desenho para comer, não é artista.
é diletante.

artistas de fim-de-semana, aos montes, por aí.

penso, ainda, que os artistas profissionais, artistas
de imposto de renda, alimentam um preconceito,
talvez justificável, em relação a esse povinho que
faz arte e não vende porra nenhuma, que faz
arte e que não precisa dela para ganhar a
grana motora de tudo.

esse desenho que segue, terminei recentemente,
feito com esferográfica - que tenho usado bastante
nos últimos meses.

quarta-feira, junho 16, 2010

camas

curiosidade.
a capa do cd de jorge drexler traz a foto de uma cama
com lençóis desarrumados, como se os ocupantes
tivessem saído há pouco.
é a mesma idéia que tive ao bater a foto da nossa cama
de casal, de manhã, naquele dia, logo após o despertar.


tombo

mitologias. barthes escreveu um livro sobre essas imagens que
nos atacam, a publicidade, as fotos nas ruas,
as fotos nas revistas.
sei que essa foto que segue abaixo, do tombo da modelo em
um desfile de moda, essa foto específica me atrai profundamente.
foto sensual, a coxa exposta, o seio cheio parcialmente exposto,
a brancura da carne da loira. minhas mitologias.
essa foto é a última de uma sequência que mostra,
passo a passo, a queda da modelo, vi por aí, não sei quem
foi o feliz fotógrafo.

terça-feira, junho 15, 2010

marcelo solá

hoje, só hoje, junho 15 2010, descobri os trabalhos - desenhos e pinturas - de marcelo solá.
posso dizer apenas que gostei muito. nada sei.
na arte, divido as coisas entre o que gosto e o que não gosto.
vejo semelhança entre trabalho de solá e o de basquiat.
caberia a marcelo solá, talvez, se distanciar mais dessa semelhança.
quem sabe?
pode-se ver mais de marcelo solá aqui e aqui.