A Fuga - 2010 - acrílica sobre mdf - 90x90cm - políptico com 8 partes.  
.Vânia Mignone nasceu em Campinas, SP (1967). Gostei do trabalho dela que insiste na pintura como forma de contar uma história. Ou seja, é isso que penso que as pinturas dela fazem. E ainda mostram a força da pintura figurativa nesta época de artes que não contam história nenhuma.
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Ela, Vânia, escreve sobre si mesma:
Ela, Vânia, escreve sobre si mesma:
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"O  que me interessa é a PINTURA. Ver como se perpetua. Presto atenção em  como a pintura continua contando segredos. Como mantém seu lugar entre  as formas de expressão do mundo contemporâneo, como incorpora novas  informações e se apresenta imprescindível. Gosto de quando a pintura  deixa transparecer suas qualidades que são únicas: as camadas de tintas  sobrepostas, escorridas, o peso da mão do artista. Procuro ser despojada  em tudo. O colorido entra no trabalho como uma cor: o vermelho, o  amarelo, o branco. As variações cromáticas, é engraçado, me fazem  desviar a atenção e por isso as evito. O TRAÇO é preto, direto,  delicado. Desenho puro. Contorna as formas, cria espaços com a  perspectiva, delimita cores. Nos trabalhos feitos em partes, o que me  agrada é a linha que surge, a DIVISÓRIA. Ela quebra o plano, embaralha o  espaço e o tempo, transforma a imagem em algo dinâmico, em uma leitura  não linear. As FIGURAS que faço são estereótipos. Não é esse homem ou  essa mulher com determinadas características. É o homem, a mulher,  apenas isso. Assim como uma xícara é uma xícara, uma cadeira é uma  cadeira. Funcionam como ícones, simbolizam o que realmente são. As  PALAVRAS entram tão naturalmente no trabalho como uma cor ou o desenho  de um objeto. A quantidade de sílabas da palavra, sua pronúncia, tudo  faz parte. Ela cria, juntamente com a cor e o desenho, uma tensão  necessária que parece forçar o trabalho a vazar da parede."
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O site de Vânia Mignone é este aqui, mas lá as fotos dos trabalhos não são muito boas e não há, também, o tamanho de cada trabalho. Vânia Mignone está expondo na Mercedes Viegas Arte Contemporânea, no Rio de Janeiro, de 03/09 a 01/10/2011.

 
